sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

E esse Natal me mostrou que amigos e família são tudo, e uma pessoa sem essas dádivas nunca se faz completa.

Mais um Natal e as saudades permanecem. Você fazia tudo ficar completo e unido. Insubstituível.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Só por dizer, mais uma vez.

Saudades de alguma coisa que nem ao menos sei o que é.

A gente pode sentir saudades de algo sem ao menos tê-lo vivido ou saber do que se trata? Porque é isso que sinto. Saudades daquilo que preenchia o vazio que agora se faz tão presente.

Como fazer voltar o desconhecido?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Contradições.

Ela dizia, ele não entendia. Ele ouvia, ela calava.
Confronto de ações, pensamentos e personalidades que inquietava não só aos mesmos, mas também a quem estivesse presente.

Não sabiam como se entender na inquietude dos sentimentos. Sentiam sim, mais do que tudo. Mas as expressões e atitudes eram indiferentes a tudo aquilo que os invadia interiormente. A palavra não condizia com o afeto. A ação não condizia com o pensamento.
Enquanto pensava "Eu te amo" o que saía era o "Eu te odeio". Como isso pôde acontecer?

Despediram-se ao final, ambos cansados naquela luta incessante, com um aperto de mãos que significa um beijo, uma troca de olhares que significa "Ainda estou aqui" e ao dizerem "Espero nunca mais te ver" estavam dizendo para si mesmos "Ainda te quero aqui".

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

"Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e os maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize. Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo. Isso é que libera a gente para ser feliz de novo."



 

domingo, 14 de novembro de 2010

Como quase sempre, a música fala por mim.

"Well they forgot
This world keeps spinning
And with each new day
I can feel the change in everything
And as the surface breaks reflections fade
But in some ways they remain the same
And as my mind begins to spread its wings
There's no stopping curiosity

I wanna turn the whole thing upside down
I'll find the things they say just can't be found
I'll share this love I find with everyone

And as I roll along I begin to find
Things aren't always just what they seem"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Milágrimas - Milagre.

"Em caso de dor, ponha gelo
mude o corte de cabelo
mude como modelo
vá ao cinema
dê um sorriso, ainda que amarelo
esqueça seu cotovelo.

Se amargo foi já ter sido
troque já esse vestido
troque o padrão do tecido
saia do sério
deixe os critérios.

siga todos os sentidos
faça fazer sentido
a cada milágrimas
sai um milagre.

Caso de tristeza
vire a mesa
coma só a sobremesa
coma somente a cereja
jogue para cima
faça cena
cante as rimas de um poema
sofra penas
viva apenas
sendo só fissura ou loucura
quem sabe casando cura
ninguém sabe o que procura

Faça uma novena
reze um terço
caia fora do contexto
invente seu endereço
a cada mil lágrimas
sai um milagre.

Mas se apesar de banal
chorar for inevitável
sinta o gosto do sal
sinta o gosto do sal
gota a gota, uma a uma
duas, três, dez, cem mil lágrimas
sinta o milagre
a cada mil lágrimas
sai um milagre."

domingo, 7 de novembro de 2010

Vivo.

Tem me faltado palavras que preencham este espaço. Acho que é porque tenho vivido, com todas as minhas vontades de apenas ser quem sou.
Além do mais, tenho procurado conhecer-me ainda mais.
Talvez, por isso, as palavras tenham ficado mais comigo do que soltas por aqui.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Avançando.

Vou mergulhando nesse novo mundo dando tudo de mim.
Avanço, entrando de cabeça no que ainda desconheço, colocando braços, pernas, pensamentos, opiniões e tudo que posso oferecer.
Desvirtuo-me de crenças e aprendo, a cada dia, um pouco mais com mais alguém.
Conheço e reconheço pessoas ao redor.

Avanço - e vou avançando - nessa descoberta dessa nova terra à vista, ainda não completamente conhecida, mas que instiga a curiosidade.
A entrega seria loucura? Talvez.

Mas de louco, todo mundo tem um pouco.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aprendendo.

Não faça muito daquilo que é pouco.
Desprenda-te.
E segue teu caminho.

Não dê razões a coisas poucas que muitos dizem valer. Essas coisas passam e, no final, apenas a sua alma permanecerá intacta. Todo o resto se esvairá.

Liberta-te.

Preste atenção ao teu redor e perceberás o que muitos não percebem: a vida.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O navegante e o seu mar.

Navega em um mar outrora conhecido, mas agora com ventos incertos e ondas revoltas.
O navegante já esteve por aqui, assim como seu barco. Tudo parece como antes, apenas um pouco mudado. Mas como tudo isso aconteceu? Como voltou a acontecer?

O navegante nunca parou seu navio ou apenas voltou com ele para seus conhecidos lugares reconfortantes?

Não daria para relaxar naquele mar, não com ele tão violento e imerso na escuridão. Ele teria que esperar e ter a esperança de tudo aquilo mudar. Mudar apenas, porque voltar a ser como era, já se tornara impossível.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Escritos de uma espera - E, por hoje, eu prometo.

Só mais um dia. Já se passou e já quase termina.
Mais um sem nada produtivo. Mais um pela espera. Só mais um.
Sinto a hipocrisia, a falsidade, as intrigas e traições cada vez mais fortes ao redor. Quero sair disso tudo. Fugir. Libertar-me.

Fugir e liberdade... são entrelaçados para mim, ao menos.
Sou comandada pelo prazer de sentir o ar circular por mim sem qualquer dificuldade ou pressão. Circular assim, livremente, como quem nada quer ou espera.

A sensação de ser livre, por si só, já me faz ser uma pessoa mais feliz. Só de pensar e escrever sobre isso, já surge um meio-sorriso desenhado em meus lábios, incontrolável e inconsciente.
Um dia aindo o faço. Mas, pelo menos por enquanto, sou feita de esperas.
Por hoje fico com as promessas.

Prometo fugir um dia. Não precisa ser tão longe, mas que seja um dia ao menos para que seja só eu. Não precisa durar muito, mas o suficiente para sentir-me um pouco mais conhecedora de mim.
Prometo, ainda assim, fazer a diferença. Não precisa ser muito grande, mas que seja significante. No mundo, nas pessoas ou, ao menos, no meu mundo.
Prometo ser mais feliz e, assim, poder transmitir tal felicidade para outras pessoas.
Prometo dar tudo de mim quando preciso for.
Prometo orgulhar-me, mas, principalmente, dar orgulho a quem acho que mereça recebê-lo.
Prometo reduzir meus defeitos para o mínimo possível, para que, assim, eles não possam atingir mais ninguém além de mim.
Prometo apaixonar-me. Inconsequente e impulsivamente. Sem freios e com todo o coração. E, quando acabar, amadurecer com tudo aquilo que vivi e ter a certeza de que não permaneci a mesma pessoa que antes fora.
Ah, claro, prometo amadurecer. Aprender com meus próprios erros e passos, mas não ficar insensível e chata, porque isso estraga.

Esse texto não termina por aqui, nada termina. Tudo terá continuação, está apenas esperando para acontecer.

E nessa espera toda, eu espero achar o resto da minha escrita, perdido por aí em folhas soltas de papel... Escritos em um tempo de apenas isso: espera.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prefiro o branco às cores.

O dia amanheceu assim, em tons cinzentos. Havia sonhado com ele colorido, mas apenas em meus sonhos haviam cores. Ao piscar os olhos, deparei-me com a não tão colorida realidade, quase que negra, obstruindo minha visão.

Havia sonhado com ele tão colorido e, quase que consequentemente, tão feliz. Imaginara-o aos mais belos tons do anil, magenta e suas milhões de cores e combinações. Mas, novamente, ao piscar dos olhos, apenas o mundo já não mais tão negro, quase que cinzento se mostrava para mim.

Fechei os olhos. Talvez, quem sabe, de tanto sonhar e desejar, as cores não surgissem? Seria um dia, ao menos, de pura alegria. Pulos, risadas e festa, sem nada obrigatório ou proibido. Apenas um dia de confraternização. Um dia de felicid... Abri os olhos. E o que vejo a minha frente já deixou de ser aquela escuridão de outrora. Não haviam cores, mas sim um branco, quase que cegante. Passada a sensação da não-visão, vejo o mais belo dos mundos: sem cores, mas com a transparência de uma claridade que, talvez, seja até melhor do que um mundo de tantas cores a me iluminar.

Na realidade, não eram as cores que eu desejara tão fortemente em meus pensamentos, mas sim o inesperado daquela claridade branca que agora me possibilitava ver tudo o que o negro, o cinzento e as milhares de cores outrora escondiam. Assim, permaneci com meus olhos abertos, porque descobrira que aquele mundo real havia se tornado muito melhor do que aquele antes sonhado por mim, em apenas um piscar de olhos.

domingo, 26 de setembro de 2010

O momento.

Tá faltando você pra ficar perfeito.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Um brinde à ironia do destino.

E ela não acreditaria que, depois de tudo, ainda restaria a pergunta de "Onde isso vai parar?".

Recusava-se a aceitar e o 'tentar entender' já tinha ficado para trás fazia tempo. Cada vez mais que cruzava com as infantilidades e atrocidades existentes, mais ficava enojada por aquilo que, pouco antes, sentira apreço.

Por que o destino sempre a colocava em situações nas quais nunca deveria e pensaria em estar? É Sr. Destino... Será que você é tão bonzinho assim mesmo ou estava ali só para mostrá-la um pouco mais das tais coisas tão ridículas e insuportáveis que ela tanto menosprezara?

E a cada dia que cruzava com o corredor, perguntava-se do que seria feito aquele sentimento - a mistura surreal de afeição e raiva ou, até mesmo, de apreço e quase que pena. Pairava então sobre sua mente, novamente, a pergunta que a deixava inquieta "Onde você vai parar?". Entretanto, querendo ou não, não conseguiria mais sentir apenas raiva ou pena. Tinha visto, conhecido e admirado o outro lado que tanto gostara.

Ficaria então a certeza de apenas uma coisa: Seria nos lugares mais improváveis que encontraríamos as maiores surpresas.

sábado, 18 de setembro de 2010

A tempestade rugia em minha mente. Ou como disse Dante:
“Na metade da vida, me achei numa selva densa.”
“Tomei o caminho errado.”
Eventualmente, encontraria o caminho certo... no lugar mais imprevisível.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Escritos de uma saudade.

São tantas lembranças, tantas histórias juntas que daria pra fazer um livro, ou até mais, só dos anos que pude passar com você.

Eu nasci, cresci, aprendi e amadureci parte de mim com você. Você não pôde presenciar tudo o que acontece na minha vida agora e nem tudo o que está por acontecer, mas tenho certeza que, em algum lugar por aí, a gente se sente e se vê.

Com você aprendi mais do que é o amor. Aprendi a ser o que sou hoje. Aprendi o que é a calma, a sensibilidade, a diversão. Descobri com você o meu prazer de jogar cartas, de ver jogos de vôlei e minha paixão por filmes. Descobri a força inimaginável que um sorriso e um abraço têm. Aprendi, acima de tudo, a ser feliz do meu modo.

Lembro dos dias naquele apartamento, felizes. Lembro das manhãs e tardes na pracinha. Lembro das saídas do colégio com você lá, sempre a me esperar. Lembro das feiras, dos pastéis, das massagens, da televisão, sempre tão mais divertida com você, e da inesquecível dentadura.

As saudades batem, algumas vezes lágrimas caem, mas eu consigo tirar coisas boas de tudo isso. Tento não lembrar da última vez que te vi, mas sim dos inúmeros momentos felizes antes da sua partida. Existem vários, mas existe um que marcou, porque foi quando eu percebi que eu era capaz de amar. É, você me deu isso, me mostrou que eu tenho a capacidade de amar e de sentir e, assim, de ganhar o mundo inteiro ou, pelo menos, o meu mundo.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Sempre John. Sempre Lennon.



Na expectativa de assistir. Com certeza deve valer MUITO à pena.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

O que move sua alma?

" O que move sua alma?

Incessante busca pelo combustível mais eficiente. Aquele capaz de tirar da inércia o nosso bem mais puro, mais leve, cuja unidade de medida transcende imensuráveis 21 gramas. Não quero ostentar grandes frascos. Quero, essencialmente, a melhor essência, a fragrância motriz. Quero um que funcione de dia, quando acordado. À luz da lua não quero nada além de um sono tranquilo; renovação. Combustíveis que nutrem à noite não queimam, não liberam o seu maior propósito: energia.

Procurar o seu - e sinta-se apontado pelo meu indicador - melhor, enroupar-se com o seu manto mais peculiar. Unicidade. Fazer jus ao bingo que, dentre inúmeras possibilidades, nos concebeu. Ter consciência de que somos um só, e que nosso mapa genético não irá se repetir tão cedo. Nascer é um jogo de azar onde somente quem lê essas palavras teve sorte. Vida, por mais efêmera que seja, só é vida quando é vivida. E, aqui, peço licença ao bordão: procurar qualidade em detrimento à quantidade.

Contar a idade em anos é um erro, quando nos damos conta de que 'ano' é simplesmente uma volta completa em torno do astro-rei. Prefira sentimentos. Conte risadas, lágrimas, palavrões. Conte beijos, gols, palmas, pesadelos. Conte histórias, estórias, versos, glórias. Assopre bexigas, velas, vuvuzelas.

Enxergar o invisível, fugir à regra, ser a exceção, desperceber o óbvio, tocar o vento. Usufruir da sinestesia. Envelheça seu coração, e não seus fios de cabelo. Mova a sua alma. "

Helder Góes.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

O tal momento.

Eu ainda me assusto com o poder que o tempo tem de mudar tanta coisa. Nunca entendi muito bem o "dar tempo ao tempo". É, eu o fiz e, finalmente, percebi o que é.

Chega um momento, assim, sem ninguém perceber ou esperar, que você se dá conta que todo aquele tempo que você levou pra assimilar as coisas, entender os fatos, supor as irrealidades, passa. Assim, você passa a enxergar claramente o passado e ver nada mais do que isso: passado.

Nada de idealizar o futuro ou sonhar que tudo vai voltar um dia. Não vai. O segundo que passou é único, singular. Não existirá outro como ele. Como dizem, mesmo entrando no mesmo rio, no mesmo lugar, duas vezes, a água na qual você se molharará nunca mais será a mesma.

E é esse momento - recheado de alívio e felicidade - em que você percebe-se livre. Livre para entender. Para se libertar. Para amar e dizer dizer a si mesma "Agora eu quero ser feliz".

E quando o momento chega, é nesse instante que toda sua vida muda.

domingo, 11 de julho de 2010

Aquele tarde do urso de pelúcia.

Foi naquela tarde, normal, em uma praça qualquer do Rio de Janeiro ensolarado. Sempre íamos lá, já tinha virado rotina dos finais de semana. Lembro do algodão doce, algumas vezes do bolinho de bacalhau, do pula-pula. Mais, daquela tarde, lembro-me do moço carregando aqueles bichinhos de pelúcia gigantes e, você sabe, eu nunca fui de pedir nada. E, como sempre, eu só dei aquela olhadinha, como sempre dou quando gosto de alguma coisa. Ninguém percebe quando o faço, mas com você sempre foi diferente. Você percebia. Acompanhou meu olhar com o seu, viu o que eu via e pressentiu o que eu sentia. Viu a vontade de uma garotinha que não queria nada mais que aquele urso gigante pra abraçar nas suas noites de pesadelos. Porque eu nunca fui de conseguir dormir largada, sozinha. Eu precisava, e ainda preciso, de algo comigo, entre meus braços, que me dê conforto, segurança e tranquilidade. E você sabia.

Enfim, virei-me e continuei andando pela praça, como sempre fazia. Não percebi sua ausência durante certo tempo, até perguntar-me onde você estaria. Foi então nessa hora que te vi, caminhando um tanto quanto longe de mim, com aquele sorriso encantador que ainda tenho sob meus olhos e, pra minha surpresa, com aquele urso gigante que eu tinha olhado minutos atrás. Nunca fui de abrir-me e demonstrar minhas emoções, mas, naquele momento, não conseguia respirar de tão feliz e surpresa que estava. Não era pelo presente, era pela surpresa e, principalmente, por quem tinha me dado.
Fui correndo, corri como quem tem vontade de agarrar o mundo. Então, agarrei você - e o urso, claro -, meu mundo. O mundo que eu tinha envolto aos meus braços, perto de mim. E, sem perceber, vi-me chorando. Chorando de felicidade, de alegria radiante. Era pequena demais pra entender o que aquilo tudo significava. Anos depois, recordando-me de um dos mais belos momentos da minha vida, me dei conta de que eu chorava por ter descoberto não só que eu sempre te amei, mas que eu descobri o que era amar e, mais que isso, o que era sentir o amor e deixá-lo tomar conta de você de uma forma saudável.

Assustaram-se comigo na época, nunca fui disso. Mas você viu que aquelas lágrimas que caíam não eram apenas pelo urso que eu tanto tinha gostado, eram por alegria, felicidade, gratidão e por você. Por você ter existido e ensinado uma das virtudes mais belas que em mim existem hoje: o poder de amar. O poder de sentir, por si só, a força do amor.

E sempre que isso fica esquecido dentro de mim, recordo-me de você e tudo aquilo que você me ensinou a ser. E o que eu sou. E o que, graças à você, virei ainda mais a ser.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Rascunhos III - Ah, essa história...

Quem estivesse vendo aquele casal naquele lugar pensaria o mesmo de quem não os conhecesse: "Só mais duas pessoas que não se conhecem, aproveitando o máximo que podem, porque depois disso, não sobra mais nada. Duvido que saibam o nome um do outro."

É, se enganaram. Eram sim duas pessoas. Eram sim um casal juntos. Mas, mais do que isso, tinham uma história. Uma história passada que não era mostrada pra qualquer um que os visse e que somente eles sabiam dos detalhes e momentos. Uma história que fazia dos dois, um só.

A história que os transformou, os amadureceu, os modificou. A história que deu origem à uma amizade. A história de muitos e muitos anos que dificilmente será esquecida.
A história que une duas famílias, duas pessoas, dois corações e vários sentimentos.

A história que faz deles não um casal qualquer, mas duas pessoas que têm muito a contar, a saber e, ainda, a viver. História essa que ninguém, ainda, sabe o fim.

Rascunhos II - Me diz.

Como viver com aquela tão histórica e romântica idéia da "alma gêmea" se, a cada minuto que se passa, vemos amores terminados, casamentos quebrados e traições desejadas?!
Me diz como acreditar num verdadeiro amor se estamos rodeados de infidelidade, mentiras e ilusões?
Me diz como acreditar em uma única alma gêmea em um mundo gigantesco, onde o meu par perfeito pode estar a 30 milhões de km daqui?
É difícil não duvidar de que a sua alma gêmea esteja tão perto existindo outras bilhões de pessoas soltas por aí, candidatas a ser seu tão esperado "par perfeito".

Alma gêmea é a utopia que nos leva a não parar de procurar pelo amor, pela paixão e pela tão esperada felicidade. É a imagem que temos de que podemos encontrar aquela pessoa que toque nosso coração como nunca foi tocado por outra pessoa.

Muitas pessoas passam pelas nossas vidas, tocam nossos corações de inúmeras intensidades, mas nós, preocupadas com outras tantas coisas ao redor, deixamos de perceber tais fatos.

Ao meu ver, alma gêmea realmente existe, mas pode ser uma, duas, várias que podem passar pela sua vida e, dentre todas elas, algumas você pode nem ter percebido a grande importância.

As almas gêmeas passam pelas nossas vidas, mudam nosso mundo e se vão. Elas sim tocam nosso coração e nossa alma como quaisquer outras pessoas jamais  o farão.

Rascunhos I

Eu queria que as palavras fossem eternizadas, pra que a partir delas pudéssemos deixar nossos sentimentos, indignações e sonhos existentes para toda a eternidade.
As palavras tem poderes que nenhuma força física consegue deter. Enquanto tivermos o poder da comunicação, seremos fortes e conseguiremos tudo.
Uma palavra muda tudo. Muda um pensamento, muda uma ação, muda uma pessoa, muda uma comunidade e muda o mundo ao seu redor.

Eu só queria que as palavras fossem eternizadas dentro de quem as falou e de quem as ouviu. Dentro de quem as escutou e as fez progredir. Dentro de quem as processou e as concretizou. Dentro de quem as tranformou em ação, em mudança e em realidade.

Eu só queria... palavras...

eternizadas.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Ainda não sei de mim mesma.

" Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.
Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. Até comigo mesma.
É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. "

Clarice Lispector - Perdoando Deus.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Eu sou da época.

Eu sou da época das coisas boas. Da verdadeira infância. Da ingenuidade. Da pureza.

Eu sou da época em que ainda se soltava pipa, brincávamos de pique e de bonecos. Da época em que existia TV Colosso, desenhos eram bons e interativos e íamos dormir logo após a TV Cruj.

Eu sou da época do Doug Funnie. Dos óculos de papel 3D, que eram raridade. Do Timão e Pumba. Do Pooh e sua turma. Do Marsupilami. Da Barbie e do Ken.

Eu sou da época em que internet era algo extremamente raro de se usar. De quando as pessoas passavam mais tempo nas ruas, conversando com os vizinhos e vendo as crianças brincar do que preocupadas se tinham recebido scrap no orkut ou se sua “fazenda orkutiana” já tinha crescido.

Eu sou da época do “É o Tchan” que, antes disso, era GeraSamba. Do Molejo, do TerraSamba e do Netinho. Dos BackStreet Boys e das Spice Girls. Do Mamonas Assassinas. Da época das máquinas não-digitais onde não tinha como você saber como tinha saído na foto. Da época que rezava pra que o filme da máquina não tivesse queimado e você pudesse revelar as tão esperadas 36 fotos que você tinha tirado, o que agora, diante de tanta tecnologia, parece nada.

Eu sou da época do Cheetos de tubinho. Da época em que ficar de castigo era realmente ficar de castigo (e, geralmente, você se sentia mal por isso), e não tirar cartão de crédito, celular de uma criança e, ainda assim, não ensiná-la o que é certo e errado.

Eu sou da época do Chaves e do Chapolin. Da Chiquititas e O Diário de Daniela. Do Castelo Rá-Tim-Bum. Da época que celular era feito pra somente ligar e, no máximo, jogar o joguinho da cobrinha. Do filme “Lagoa Azul”.

Eu sou da época do Danoninho e do picolé de Danoninho. Da geléia de mocotó. Do Cavaleiros do Zodíaco. Das Tartarugas Ninjas. Do Super Nintendo. Dos joguinhos do Mário e do Yoshi. Dos verdadeiros Power Rangers.

Eu sou da época em que um jogo de futebol era pra torcer pelo seu time e não pra rolar briga. De quando existiam as molas coloridas pra se brincar na escada. De pular corda e cantar “Qual a cor da sua cueca/calcinha?”.

Eu sou da época do Teletubies. De quando os padres mandavam as crianças ajoelharem para rezar, não para prazer sexual. De quando brincava-se de bafo-bafo. Do videocassete e da vitrola. Das “10 fitas rebobinadas = 1 locação grátis - só para “filmes prata” que existia nas locadoras. Do Comandos em Ação.

Eu sou da época em que meninas de 12 anos brincavam de boneca e não de ser mãe. Da amarelinha. Do “Está no ar o comitê revolucionário ultra jovem”. Da época do Algodão Doce que vinha alguma máscara e os vendedores passavam fantasiados de algum personagem. Da época do ioiô. De quando o funk era calmo e não pervertido.

Eu sou da época da Família Dinossauro e do Fantástico Mundo de Bob. Do “Você decide”. Da cartolina, do papel crepom e da cola pra fazer “Feira de Ciências e Cultura”. Do ATL Hall. De quando a mãe dizia que formiga fazia bem pro cérebro e pros olhos. Da época boa de Sandy e Junior. Da pasta de dente Tandy.

Eu sou da época do Balão Mágico. De quando as crianças dormiam, no máximo, 9, 10 horas e tinham toque de recolher. Sou da época da Tiazinha e da Gretchen. Do Bananas de Pijamas. Da Floribella. Da vaca amarela. Da época em que Malhação era uma academia e não um colégio. Do Hércules e do 101 dálmatas. De brincar de elefantinho colorido.

Eu sou da época em que crianças acreditavam em papai noel, coelhinho da páscoa e fada dos dentes. De quando morríamos de medo de Merthiolate, porque ardia. Dos Smurfs. De quando salada mista era uma brincadeira pra realmente se arriscar, porque o máximo que podia acontecer era rolar um beijo o que, na época, era muita coisa.

Eu sou da época em que orientação sexual era algo levado a sério, e não uma modinha. Eu sou da época do Hakuna Matata. Do “Hoje à noite, aqui na selva, quem dorme é o leão”. Da época em que namoro de crianças era andar de mãos dadas e sentar um do lado do outro na sala.

Eu sou da época que as provas eram rodadas no mimiógrafo e vinham com cheirinho de álcool. Da “Pepê e Neném”. Dos Trapalhões. De Bambuluá e Estrela Guia. De quando existiam mochilas de bichinhos de pelúcia. Do Tiririca. Do Sérgio Malandro.

Eu sou da época que crianças eram crianças e não pré-adolescentes aos 8 anos. De quando os pais realmente cuidavam dos filhos, colocando-os pra dormir, cantando musiquinha e histórias antes de dormir e não, simplesmente, largando-os no mundo enquanto ainda precisam de proteção.

Eu sou da época em que água não era problema no mundo. De quando o aquecimento global não passava de uma especulação. Sou do pós-guerra fria. De quando os casamentos duravam. E da época que ainda acreditava-se que o amor vencia tudo.

Da época que éramos bem mais felizes e não sabíamos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

E o que fazer com a morte?

"Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade,que é o mesmo que causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: A morte, por si só, é uma piada pronta.

Morrer é ridículo.

Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente?
Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer.
A troco?

Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente...
De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu tênis.
Qual é? Morrer é um chiste...
Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira.
Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu.
Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.
Não faz exames médicos,fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã.
Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito.
Isso é para ser levado a sério?

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas.
Ok, hora de descansar em paz.
Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas.
Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.
Por isso viva tudo que há para viver.
Não se apegue as coisas pequenas e inúteis da vida...
Perdoe. Sempre! "

Pedro Bial - Para tentar entender.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"Quando eu amo, eu devoro todo o meu coração.
Eu odeio. Eu adoro.
Tudo em uma mesma oração."

Chico.

sábado, 24 de abril de 2010

Apenas...

Compaixão.

É tudo que precisamos ter. Agora e sempre. É o que diferencia os homens dos meninos. Desde sempre. É o que muitos esquecem no meio da busca do sucesso e do poder.

É aquilo que devemos entender o que é e, mais que isso, colocá-lo em prática. Porque, aí sim, estaremos sendo seres humanos dignos de viver.

domingo, 11 de abril de 2010

Quem você é.

O que importa e diz realmente quem você não é o que fazem, falam ou pensam de você, e sim o que você faz a respeito disso.

Você é todo um conjunto de ações e pensamentos coordenados que fazem parte do seu eu.

Você é, além de tudo, o que você ouve/vê/sente, processa - mesmo que por um segundo não muito racional - e faz.

E o que você faz, geralmente, perdura para todo sempre no seu eu.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Inconstante.

Sou assim: instantânea, inconstante.
Num impulso me descontrolo e mudo. Mudo tudo e tudo muda.
Mudo com o mundo e, certas vezes, o meu mundo muda comigo.

E assim vivo, para a arte de viver e na busca, burra e incessante, de ser apenas feliz.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Experiência.

Experiência. Não é questão de se ter ou não. É mais questão de se ganhar ou não.
A cada passo que damos, avançamos um sinal da vida. Mas, cuidado! Além do sinal pode ter um buraco - o que, aliás, sempre tem - no qual caímos e só depende de nós mesmos sair.
Cada buraco nos faz pensar e repensar no que fizemos pra acabar ali. Cada erro nos faz - ou deveria fazer - querer não errar novamente.
E o que ganhamos com tudo isso? Com todos esses arranhões e machucados que tomamos da vida? Experiência, a voz da sabedoria.

Para termos tal virtude, torna-se necessário não apenas passar pelos erros com a possibilidade de cair nos mesmo buracos novamente. Deve-se, além de tudo, crescer e amadurecer com nossas próprias mancadas, porque elas, e somente elas, podem fazer tal proeza. São geralmente elas quem nos fazem mudar nosso eu, nosso rumo, nossa vida, pois somente tais erros podem nos fazer pensar... E pensar, pensar, pensar. Daí, meu caro amigo, tudo muda para quem quer ser mudado, mutado, moldado à sua própria maneira!

Basta se entregar aos ensinamentos que os buracos da vida nos trazem, porque se entendermos tais virtudes, somente assim consegue-se sair de um buraco e continuar na travessia da vida, passo a passo, até onde não pudermos enxergar, até onde pudermos e conseguirmos chegar, até a linha infinita do horizonte, para, assim, apreciarmos cada vez melhor as coisas boas da vida.

Ah, e quantas coisas boas têm por aí, livres pelo mundo, basta saber enxergá-las com sabedoria e experiência, a vasta e boa experiência que se ganha pelo caminho da vida.

Lembre-se: "Somente com a chuva, a beleza do arco-íris pode ser vista num dia claro de sol."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Doa-se alegria.


A consciência do dever cumprido infunde em nossa alma uma doce alegria.

"(...) ficar doente não é nada engraçado e, mesmo nessa condição, crianças não deixam de ser crianças. Todas elas continuam querendo brincar, levando uma vida normal.", em O Livro dos Segundos Socorros, Doutores da Alegria.

domingo, 28 de março de 2010

E a paz, onde tá?


O que verdadeiramente deveria ser buscado numa revolução é a garantia de tranquilidade, não somente para um dos lados, mas para toda a humanidade.

sábado, 20 de março de 2010

"Nothing"

Momento de abstinência de pensamentos. Simplesmente assim, nada flui, nada sai.

Vamos ver até quando.


Ao som de: Maria Rita - Num corpo só.

quarta-feira, 10 de março de 2010

A impontualidade do amor.

"Você está sozinho. Você e a torcida do Flamengo. Em frente a tevê, devora dois pacotes de Doritos enquanto espera o telefone tocar. Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha.
Trimmm! É sua mãe, quem mais poderia ser? Amor nenhum faz chamadas por telepatia. Amor não atende com hora marcada. Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase galinha, sem disposição para relacionamentos sérios. Ele passa batido e você nem aí. Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido da vida, desconfiado, cheio de olheiras. O amor dá meia-volta, volver. Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo, que você está de banho tomado e camisa jeans. Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana para um cinema. Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz. Agora que você está com o coração às moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. Você passa uma festa inteira hipnotizado por alguém que nem lhe enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos pra você. Ou então fica arrasado porque não foi pra praia no final de semana. Toda a sua turma está lá, azarando-se uns aos outros. Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
A primeira lição está dada: o amor é onipresente. Agora a segunda: mas é imprevisível. Jamais espere ouvir "eu te amo" num jantar à luz de velas, no dia dos namorados. Ou receber flores logo após a primeira transa. O amor odeia clichês. Você vai ouvir "eu te amo" numa terça-feira, às quatro da tarde, depois de uma discussão, e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovado no teste de baliza. Idealizar é sofrer. Amar é surpreender. "
 
Martha Medeiros.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulher.

" Toda mulher de verdade tem no seu íntimo uma magia própria de fazer acontecer, de dar um jeito, de dar o peito,  dar um colo, fazer bem feito. Toda mulher traz na alma a força dos ventos, o fascínio de um cavalo selvagem, a sensibilidade de uma flor que sente, pressente, intui, se abre no momento certo e exala seu perfume. Ela galopa contra o vento, enfrenta tormentas, carrega consigo suas mágoas e as dissipa no ar. Tem a alma leve, apaixonada, não abandona o que acredita por nada. Tem medo, tem asas, preza sua liberdade, divide com aquele que acredita sua vida, seus sonhos, seu amor e sua alma. "

Para termos esse dia como o de hoje, lembremos das muitas mulheres que batalharam durantes décadas e séculos para que o "hoje" existisse.
Se hoje podemos votar, trabalhar, ter uma casa em nosso nome, estudar, prestar concursos, tomar nossas próprias decisões sem a tutela de um pai, marido ou homem que seja, tudo isso se deve às lutas das milhares de mulheres de todos os cantos do mundo que se dispuseram a buscar seus direitos e fazer valer seu papel na sociedade.
No cotidiano, o progresso foi estonteante. Tomar uma cervejinha sem ser importunada, trocar um noivado por estudos no exterior, ter disponibilidade de viajar a trabalho, falar em público são ações cada vez mais comuns.
Portanto, não deixemos de lutar, batalhar e colocar nosso lugar na sociedade, como muitas mulheres já fizeram e ainda fazem. Porque, além de mulheres, somos humanas e iguais a qualquer outro.

Parabéns à todas as mulheres de verdade, que merecem, todos os dias, serem parabenizadas por serem mães, amigas, donas de casa, não se esquecendo, acima de tudo, de serem MULHERES.

sábado, 6 de março de 2010

É tempo de ser feliz!

" Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.

Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria. Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade.  Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.

A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.

Portanto,  pare de esperar até que você termine a faculdade.
Até que você volte para a faculdade;
até que você perca 5 quilos;
até que você ganhe 5 quilos;
até que seus filhos tenham saído de casa;
até que você se case;
até que você se divorcie;
até sexta à noite;
até segunda de manhã;
até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova;
até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos;
até o próximo verão, outono, inverno;
até que você esteja aposentado;
até que você morra;
e passe a ver que não há hora melhor para ser feliz do que agora mesmo. "

(Desconhecido.)


Lembre-se: " A felicidade é uma viagem, não um destino." - Henfil.

sexta-feira, 5 de março de 2010

A alegria na tristeza.

" O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.
Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.
Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada. "
 
Martha Medeiros.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mais do que palavras...

O ato de escrever nos encoraja, nos alivia, desabafa e desabrocha nós mesmos.
A cada letra escrita, um peso daquilo que estamos carregando vai sendo esquecido ou, até mesmo, retirado. Quando terminamos um texto e o "ponto final" acaba com aquilo tudo, percebemos que a angústia do começo se esvaiu pelas entrelinhas e a tristeza foi-se embora com as vírgulas.

Alívio é o sentimento final. E, com isso, conseguimos nos recuperar e dar espaço à felicidade que existe, pronta pra invadir nosso corpo e espírito com amor, puro amor.

Tudo isso com apenas palavras, ditas ou não, que têm o poder de esclarecer e nos fazer crescer.
Porque as próprias palavras não são apenas palavras. Existe sempre mais do que vírgulas e acentos - tudo está nas entrelinhas, no não dito, e é isso que nos conforta, nos alivia, porque conseguimos dizer tudo que queremos, mesmo sem dizer.

Ao léu, novamente...

A vida é como um tabuleiro de jogo: vivemos andando em círculos, sempre voltando para o mesmo início de tudo.

Mas uma hora a gente admite a derrota na luta contra o tempo e acaba tendo que sair do jogo, sem passaporte de volta.

E aí, estamos livres...

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Ah, o tempo...

" Se você correr atrás da vida com sofreguidão demais, ela leva à morte. O tempo - quando perseguido como um bandido - se comporta como um bandido; está sempre uma fronteira ou uma sala na sua frente, mudando de nome e de cor de cabelo para enganar você, saindo pela porta dos fundos do hotel no mesmo instante em que você chega no lobby com seu mais recente mandado de busca, deixando apenas um cigarro aceso no cinzeiro como provocação.
Em determinado instante você precisa parar, porque ele não vai parar. Você precisa reconhecer que não vai pegá-lo. Que a idéia não é pegá-lo. Em determinado momento, você precisa relaxar, ficar sentado e deixar o contentamento vir até você.
Relaxar, obviamente, é uma empreitada assustadora para aqueles de nós que acreditam que o mundo só gira porque tem uma alavanca em cima que nós mesmos giramos e que, se largássemos essa alavanca por um instante que fosse, bem - seria o fim do universo.
Mas tente largar. No final das contas, os pássaros não despencam mortos do céu no meio do vôo. As árvores não murcham nem morrem, os rios não se enchem de sangue rubro. A vida continua. "

Trecho retirado do livro "Comer, Rezar, Amar".

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sawabona, Shikoba.

"A nova forma de amor, ou mais amor, tem nova feição e significado. Visa a aproximação de dois inteiros, e não a união de duas metades. E ela só é possível para aqueles que conseguem trabalhar sua individualidade.
Quanto mais o indivíduo for competente para viver sozinho, mais preparado estará para uma boa relação afetiva. A solidão é boa, ficar sozinho não é vergonhoso. Ao contrário, dá dignidade à pessoa. As boas relações afetivas são ótimas, são muito parecidas com o ficar sozinho, ninguém exige nada de ninguém e ambos crescem.
Relações de dominação e de concessões exageradas são coisas do século passado.
Cada cérebro é único. Nosso modo de pensar e agir não serve de referência para avaliar ninguém. Muitas vezes, pensamos que o outro é nossa alma gêmea e, na verdade, o que fizemos foi inventá-lo ao nosso gosto.
Todas as pessoas deveriam ficar sozinhas de vez em quando, para estabelecer um diálogo interno e descobrir sua força pessoal. Na solidão, o indivíduo entende que a harmonia e a paz de espírito só podem ser encontradas dentro dele mesmo e não a partir do outro.  Ao perceber isso, ele se torna menos crítico e mais compreensivo quanto às diferenças, respeitando a maneira de ser de cada um.
O amor de duas pessoas inteiras é bem mais saudável. Nesse tipo de ligação, há o aconchego, o prazer da companhia e o respeito pelo ser amado. "
 
Retirado de um texto de "Sawabona Shikoba", expressão utilizada na África por algumas tribos.
Sawabona significa "Eu te respeito, eu te valorizo, você é importante pra mim". Em resposta, as pessoas dizem Shikoba que significa "Então eu existo pra você."

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Alma gêmea.

"As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é, provavelmente, a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora."

Trecho do livro "Comer, Rezar, Amar".

domingo, 7 de fevereiro de 2010

As doenças do coração.

Ah, a sutil e trágica diferença entre paixão e amor. Difícil de ser identificada, mas quando diagnosticada nos salva de muitas emboscadas.
Diria que ambas são como doenças, mas a doença do amor, ao contrário, nos faz querer melhorar.

O "te amo" dito tão brevemente, e ainda se dito precocemente, pode mudar - e muito - tudo.

O amor pode ser tão facilmente confundido com a paixão e, principalmente quando não bem-sucedido, ser chamado de dolorido, sofrido e ruim, entre tantos outros adjetivos. Mas, falando agora como uma otimista aquariana - e talvez romântica - incurável: o amor é algo sublime, supremo, que frente à tantas sobreposições, ainda assim, sobrevive com todo seu esplendor. Além disso, o amor não deve machucar, no máximo arranha. Ele só deve nos trazer coisas boas, sentimentos felizes e equilíbrio, ao contrário da paixão que, muitas vezes exaltada, nos torna impulsivos, fora de si, e diria malucos, talvez.
A paixão come nosso bom senso, tirando de nós aquilo que mais nos deixa em equilíbrio, a razão, fazendo com que a balança penda mais para um lado e desequilibre, e, portanto, conviver com isso torna-se difícil. Daí vem o sofrimento e a dor de querer algo, mesmo que aquilo lhe faça sofrer.

Mas, vai saber. Só sentindo e aparecendo os sintomas para diagnosticar qual doença se tem. E isso leva tempo...

Mas, relembrando, aqui só fala uma aquariana incurável que, mesmo ainda não sabendo se conheceu ou não o amor, pensa isso até que lhe provem o contrário.