sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Avançando.

Vou mergulhando nesse novo mundo dando tudo de mim.
Avanço, entrando de cabeça no que ainda desconheço, colocando braços, pernas, pensamentos, opiniões e tudo que posso oferecer.
Desvirtuo-me de crenças e aprendo, a cada dia, um pouco mais com mais alguém.
Conheço e reconheço pessoas ao redor.

Avanço - e vou avançando - nessa descoberta dessa nova terra à vista, ainda não completamente conhecida, mas que instiga a curiosidade.
A entrega seria loucura? Talvez.

Mas de louco, todo mundo tem um pouco.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Aprendendo.

Não faça muito daquilo que é pouco.
Desprenda-te.
E segue teu caminho.

Não dê razões a coisas poucas que muitos dizem valer. Essas coisas passam e, no final, apenas a sua alma permanecerá intacta. Todo o resto se esvairá.

Liberta-te.

Preste atenção ao teu redor e perceberás o que muitos não percebem: a vida.


quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O navegante e o seu mar.

Navega em um mar outrora conhecido, mas agora com ventos incertos e ondas revoltas.
O navegante já esteve por aqui, assim como seu barco. Tudo parece como antes, apenas um pouco mudado. Mas como tudo isso aconteceu? Como voltou a acontecer?

O navegante nunca parou seu navio ou apenas voltou com ele para seus conhecidos lugares reconfortantes?

Não daria para relaxar naquele mar, não com ele tão violento e imerso na escuridão. Ele teria que esperar e ter a esperança de tudo aquilo mudar. Mudar apenas, porque voltar a ser como era, já se tornara impossível.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Escritos de uma espera - E, por hoje, eu prometo.

Só mais um dia. Já se passou e já quase termina.
Mais um sem nada produtivo. Mais um pela espera. Só mais um.
Sinto a hipocrisia, a falsidade, as intrigas e traições cada vez mais fortes ao redor. Quero sair disso tudo. Fugir. Libertar-me.

Fugir e liberdade... são entrelaçados para mim, ao menos.
Sou comandada pelo prazer de sentir o ar circular por mim sem qualquer dificuldade ou pressão. Circular assim, livremente, como quem nada quer ou espera.

A sensação de ser livre, por si só, já me faz ser uma pessoa mais feliz. Só de pensar e escrever sobre isso, já surge um meio-sorriso desenhado em meus lábios, incontrolável e inconsciente.
Um dia aindo o faço. Mas, pelo menos por enquanto, sou feita de esperas.
Por hoje fico com as promessas.

Prometo fugir um dia. Não precisa ser tão longe, mas que seja um dia ao menos para que seja só eu. Não precisa durar muito, mas o suficiente para sentir-me um pouco mais conhecedora de mim.
Prometo, ainda assim, fazer a diferença. Não precisa ser muito grande, mas que seja significante. No mundo, nas pessoas ou, ao menos, no meu mundo.
Prometo ser mais feliz e, assim, poder transmitir tal felicidade para outras pessoas.
Prometo dar tudo de mim quando preciso for.
Prometo orgulhar-me, mas, principalmente, dar orgulho a quem acho que mereça recebê-lo.
Prometo reduzir meus defeitos para o mínimo possível, para que, assim, eles não possam atingir mais ninguém além de mim.
Prometo apaixonar-me. Inconsequente e impulsivamente. Sem freios e com todo o coração. E, quando acabar, amadurecer com tudo aquilo que vivi e ter a certeza de que não permaneci a mesma pessoa que antes fora.
Ah, claro, prometo amadurecer. Aprender com meus próprios erros e passos, mas não ficar insensível e chata, porque isso estraga.

Esse texto não termina por aqui, nada termina. Tudo terá continuação, está apenas esperando para acontecer.

E nessa espera toda, eu espero achar o resto da minha escrita, perdido por aí em folhas soltas de papel... Escritos em um tempo de apenas isso: espera.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prefiro o branco às cores.

O dia amanheceu assim, em tons cinzentos. Havia sonhado com ele colorido, mas apenas em meus sonhos haviam cores. Ao piscar os olhos, deparei-me com a não tão colorida realidade, quase que negra, obstruindo minha visão.

Havia sonhado com ele tão colorido e, quase que consequentemente, tão feliz. Imaginara-o aos mais belos tons do anil, magenta e suas milhões de cores e combinações. Mas, novamente, ao piscar dos olhos, apenas o mundo já não mais tão negro, quase que cinzento se mostrava para mim.

Fechei os olhos. Talvez, quem sabe, de tanto sonhar e desejar, as cores não surgissem? Seria um dia, ao menos, de pura alegria. Pulos, risadas e festa, sem nada obrigatório ou proibido. Apenas um dia de confraternização. Um dia de felicid... Abri os olhos. E o que vejo a minha frente já deixou de ser aquela escuridão de outrora. Não haviam cores, mas sim um branco, quase que cegante. Passada a sensação da não-visão, vejo o mais belo dos mundos: sem cores, mas com a transparência de uma claridade que, talvez, seja até melhor do que um mundo de tantas cores a me iluminar.

Na realidade, não eram as cores que eu desejara tão fortemente em meus pensamentos, mas sim o inesperado daquela claridade branca que agora me possibilitava ver tudo o que o negro, o cinzento e as milhares de cores outrora escondiam. Assim, permaneci com meus olhos abertos, porque descobrira que aquele mundo real havia se tornado muito melhor do que aquele antes sonhado por mim, em apenas um piscar de olhos.