sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Prefiro o branco às cores.

O dia amanheceu assim, em tons cinzentos. Havia sonhado com ele colorido, mas apenas em meus sonhos haviam cores. Ao piscar os olhos, deparei-me com a não tão colorida realidade, quase que negra, obstruindo minha visão.

Havia sonhado com ele tão colorido e, quase que consequentemente, tão feliz. Imaginara-o aos mais belos tons do anil, magenta e suas milhões de cores e combinações. Mas, novamente, ao piscar dos olhos, apenas o mundo já não mais tão negro, quase que cinzento se mostrava para mim.

Fechei os olhos. Talvez, quem sabe, de tanto sonhar e desejar, as cores não surgissem? Seria um dia, ao menos, de pura alegria. Pulos, risadas e festa, sem nada obrigatório ou proibido. Apenas um dia de confraternização. Um dia de felicid... Abri os olhos. E o que vejo a minha frente já deixou de ser aquela escuridão de outrora. Não haviam cores, mas sim um branco, quase que cegante. Passada a sensação da não-visão, vejo o mais belo dos mundos: sem cores, mas com a transparência de uma claridade que, talvez, seja até melhor do que um mundo de tantas cores a me iluminar.

Na realidade, não eram as cores que eu desejara tão fortemente em meus pensamentos, mas sim o inesperado daquela claridade branca que agora me possibilitava ver tudo o que o negro, o cinzento e as milhares de cores outrora escondiam. Assim, permaneci com meus olhos abertos, porque descobrira que aquele mundo real havia se tornado muito melhor do que aquele antes sonhado por mim, em apenas um piscar de olhos.

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