domingo, 18 de maio de 2008

Bastante.

O que faz de nós bons o bastante?
Uma roupa?
Um sapato?
Um perfume?
Um corte de cabelo?
Uma frase legal?

O que faz de nós interessantes o bastante?
O que faz de nós bonitos o bastante?
O que faz de nós inteligentes o bastante?
O que faz de nós... o bastante?

O bastante para mim ou para alguém?

Deveria ser para mim, mas quase sempre, nunca é.

Não importa. Devemos ser quem somos. Como somos. Do jeito que somos.
Com ou sem maquiagem.
Alegres ou tristes.
Com raiva ou meigos.

Não importa. Nada disso importará para AQUELA pessoa.
Não importa se você está de camisola no meio da tarde.
Não importa se você está toda despenteada quando ele chega.
Não importa se você quer apenas assistir filme tomando sorvete com ele.
Nada disso importa, pois o que realmente importará será a presença saudável. O sentimento real. Os momentos especiais. Não se liga para a aparência, para as roupas...

Que bom que seria se isso fosse o bastante.

Apenas deveríamos ser do jeito que somos, pois somente assim encontraremos nosso equilíbrio. O nosso bastante.

Ou não.

Penso. Penso. Penso.

Vivemos pensando. Ou não.
Vivemos aprendendo. Ou não.
Vivemos ensinando. Ou não.
Vivemos gostando. Ou não.
Vivemos vivendo.
Ou não.

Quando pensamos, usamos também nossos sentimentos. Deixamos nos levar pelo que sentimos e muitas vezes isso transpassa nossos pensamentos.
Acredito que, talvez, essa seja uma das razões de, às vezes, nos decepcionarmos com as pessoas.
Ficamos cegos pelo que sentimos por tais pessoas, que esquecemos de enxergar com a razão. Enxergar quem, verdadeiramente, ela é, com seus defeitos e qualidades.
Ou então às vezes apenas enxergamos uma parte daquela pessoa e deixamos de ver as outras.

Penso se ao nascermos já viemos com um "manual". Algo que nos descreve, que nos defina. Muitas vezes, creio que não, pois com o passar do tempo, coisas acontecem, sentimentos mudam, pessoas vêm e vão. As coisas mudam. As pessoas mudam. E isso vai nos lapidando, e com o mundo mudando à nossa volta, vamos mudando juntos.
Porém, outras vezes, acho que não. Temos realmente aquilo que podemos chamar de nossa definição: é a nossa essência. Tudo pode mudar, pessoas podem ir e vir, os sentimentos, as coisas podem ser diferentes, mas nossa essência, aquilo que somos, não muda. Podemos tentar mascará-la, mas mudá-la completamente, é difícil.

Existem até pessoas que passam a vida tentando mudar sua essência, ser outra pessoa. Podem até existir aqueles que conseguem esse feito, porém acabam se perdendo. Se perdem na tentativa de não ser aquilo que realmente são, se perdem em seu caminho, esquecendo o objetivo do seu rumo, e isso é o mais triste das coisas.

Podemos mudar nossas ações, nosso gestos, nossos sentimentos, porém podeos continuar seguindo nossos princípios. Somos aquilo que pensamos e, mais do que isso, aquilo que acreditamos.
E quando se muda isso, se muda tudo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Caminhos desconhecidos.

Chegamos em um ponto de nossas vidas que precisamos parar e pensar quais caminhos se apresentam na nossa frente. Existem sempre caminhos ruins e bons. Aqueles são como paixões, nos tentam a seguí-los, sabemos que iremos ter momentos alegres, mas que, no final, sempre acabam e terminamos não muito bem. Os bons são como a vida feliz, onde o amor se torna uma conseqüência. Chego em um momento da minha vida que me vejo confusa e com a mente e o coração embaçados para o que está na minha frente. Decepções. Para que isso? Será que apenas serve para nos fortalecer? Escrevo tentando ao mesmo tempo encontrar uma resposta pra essas dúvidas que muito pairam sobre mim. O que é valer à pena? Colocar todas as suas forças em algo que deseja pra alcançá-lo?! Mas e se você não o alcançar? De que terá servido aquilo tudo? Só me resta decepção.
O medo da decepção. O medo. Esse que aflora agora, imaginando na decepção de mais tarde. Mas se perco tanto tempo com isso, porque não poderia estar dando a volta por tudo e correndo atrás? Me falta algo. Um algo mais. Algo que me faça ter vontade e coragem de fazer tudo aquilo que sei que posso fazer. Algo... Ou, mais uma vez, alguém. Sei que temos dentro de nós nossa própria força. Nossa própria felicidade. Nosso próprio amor. Mas, às vezes, tendo tudo que preciso, não me sinto boa o bastante pra continuar. Não sinto que eu seja o bastante para algo... ou alguém. Eu me rebaixo, até onde desconheço. Seguimos a vida vislumbrando caminhos que estão apenas em nossas mentes, enquanto estamos seguindo outros desconhecidos por nós.
Preciso arranjar esta força pra me alimentar. Esse amor pra me apoiar. Essa felicidade pra me completar. Mas, às vezes, precisamos ser mais fortes do que isso tudo. Mais fortes do que o medo. Mais forte do que a decepção. Mais fortes do que amor. Mais fortes até do que pensamos que somos. Se não continuaremos achando que não somos bons o bastante e então não seguimos nosso caminho. Ficaremos estagnados no desconhecido.
No nosso próprio desconhecido.

domingo, 11 de maio de 2008

Vice-versa.

O que é isso?
Isso que toca meu coração sem nem avisar?
Isso que arranca meu sorriso e espreme minha alma?

Sinto que falta algo, talvez ainda desconhecido por mim.

Talvez falta de alguém que compreenda meus acessos de alegria segundos depois dos meus acessos de tristeza. E vice-versa.
Alguém em que eu consiga me apoiar quando precisar. E vice-versa.
Alguém que tenha seus momentos de criança, como qualquer um, mas que seja homem o suficiente pra encarar algo que se ponha à sua frente. E se neste ele fracassar, que consiga mostrar pra mim sua fraqueza, pra que assim consigamos enfrentá-la juntos. E vice-versa.
Alguém que deixe-me entrar na sua vida e fazer a diferença. E vice-versa.

Alguém com defeitos, mas que saiba reconhecer estes.
Será que esse alguém existe?
Às vezes penso que não. Que passamos a vida tentanto achar nossa 'alma gêmea', nossa 'pessoa perfeita', sendo que esta não existe.
O que existe são pessoas que possuem empatias iguais e que tem a sorte de se encontrar.
Na verdade, quero achar o outro lado de mim mesma. Fazer o bem àqueles que o fazem para mim.
É toda uma questão de reciprocidade. De vice e de versa, do verso que se faz na esperança do que nos permite viver e que, quase sempre, é vã.

Dois lados. Completos. Vice-versa.
Era tudo que mais precisava.

sábado, 10 de maio de 2008

Pensamentos e só

Eu sou um conjunto de idéias, um confronto de pensamentos, uma metamorfose constante.

Ontem pensei algo.
Hoje, acordei pensando tudo diferente.

Pergunto-me: o que será que acontece comigo?
Sei que todos, durante a vida, mudam as suas opiniões e idéias.
Em certos pontos, também sou assim. Tenho idéias que levo comigo desde que as formulei, porém sei que, algum dia, posso vir a mudá-las.

Mas idéias sobre coração... Ah, essas idéias!
Elas, em mim, estão em constante paranóia.
E não sei o que fazer para acalmá-las dentro desse hospício louco que se chama coração.

Talvez, um dia, eu encontre a cura para todas elas.
Mas, por hoje, vivo, com a alma sã, mas o coração desvairadamente insano!