domingo, 18 de maio de 2008

Ou não.

Penso. Penso. Penso.

Vivemos pensando. Ou não.
Vivemos aprendendo. Ou não.
Vivemos ensinando. Ou não.
Vivemos gostando. Ou não.
Vivemos vivendo.
Ou não.

Quando pensamos, usamos também nossos sentimentos. Deixamos nos levar pelo que sentimos e muitas vezes isso transpassa nossos pensamentos.
Acredito que, talvez, essa seja uma das razões de, às vezes, nos decepcionarmos com as pessoas.
Ficamos cegos pelo que sentimos por tais pessoas, que esquecemos de enxergar com a razão. Enxergar quem, verdadeiramente, ela é, com seus defeitos e qualidades.
Ou então às vezes apenas enxergamos uma parte daquela pessoa e deixamos de ver as outras.

Penso se ao nascermos já viemos com um "manual". Algo que nos descreve, que nos defina. Muitas vezes, creio que não, pois com o passar do tempo, coisas acontecem, sentimentos mudam, pessoas vêm e vão. As coisas mudam. As pessoas mudam. E isso vai nos lapidando, e com o mundo mudando à nossa volta, vamos mudando juntos.
Porém, outras vezes, acho que não. Temos realmente aquilo que podemos chamar de nossa definição: é a nossa essência. Tudo pode mudar, pessoas podem ir e vir, os sentimentos, as coisas podem ser diferentes, mas nossa essência, aquilo que somos, não muda. Podemos tentar mascará-la, mas mudá-la completamente, é difícil.

Existem até pessoas que passam a vida tentando mudar sua essência, ser outra pessoa. Podem até existir aqueles que conseguem esse feito, porém acabam se perdendo. Se perdem na tentativa de não ser aquilo que realmente são, se perdem em seu caminho, esquecendo o objetivo do seu rumo, e isso é o mais triste das coisas.

Podemos mudar nossas ações, nosso gestos, nossos sentimentos, porém podeos continuar seguindo nossos princípios. Somos aquilo que pensamos e, mais do que isso, aquilo que acreditamos.
E quando se muda isso, se muda tudo.

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