sábado, 29 de janeiro de 2011

Inacabado.

Há tempos... É, há tempos quero escrever sobre você. Sobre seu efeito sobre mim, sobre como me sentia em relação à você e, principalmente, sobre como me sinto ainda depois de um tempo.

Era tudo natural, por mais diferente que fosse. Éramos singulares e felizes ao nosso modo.

Quero te dizer, mesmo que você nunca saiba: você foi o único. Não sei se será para sempre - honestamente, espero que não. Mas, até o momento de agora, foi o único que conseguiu me marcar de verdade. Mesmo outros que tivessem cruzado meu caminho, hoje vejo que você foi o que mais chegou sem falar nada, escreveu no meu coração como quem marca uma árvore e, ainda em silêncio, beijou-o, como para deixar uma marca de que você esteve por ali. Enfim, de fininho como chegou, você se foi.
Nosso momento foi assim: mais sentimentos, menos palavras. Você sabia o que eu sentia, nós sabíamos de nós dois e, por isso, nada precisava ser dito, apenas tocado, sentido, feito. Cruzávamos olhos, conversávamos sobre as mais diferentes coisas, escondíamos coisas e até sentimentos por motivos até hoje desconhecidos.

Olhos fechados e coração aberto. Assim começou e, como em um destino - ou como queira chamar -, assim terminou.

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