E a gente acha que tá fazendo tudo no caminho certo que, supostamente, queremos.
Um encontro, uma festa, um cinema, alguns amigos, ser lembrada, querer alguém, dançar por toda a noite, sentir a brisa do inverso e a calmaria do outono, nadar no anoitecer e se aquecer na fogueira, esperando pelo calor do verão e a beleza da primavera. Só tudo isso e mais um pouco.
Respira. Porque é na primavera onde tudo se encaixa, se renova e se vive. Viver é supostamente para ser isso, um ciclo - não círculo - de mudanças que não se sabe qual é o fim. E nem quando ele será. Tudo que sabemos é que deve-se apenas fazer valer à pena, ao seu modo. E é o que tentamos, a cada dia. Deixar nossa marca e o nosso pedacinho no mundo, como se a cada dia pixássemos uma parte do mundo com nossos nomes na tentativa de ninguém nos esquecer, mesmo quando nos formos.
A racionalidade, a culpa de consequências e imposições nos impede de fazer nossas próprias vontades, desejos e sonhos. Nos impede de nadar nus às 23 p.m. em pleno praia deserta, porque no dia seguinte espera-se que estejamos bem dispostos e não doentes para a reunião importantíssima às 7 a.m. Nos impede de gritar do mais alto ponto da ponte, porque definitivamente te chamarão de maluco e inconsequente. Impede cada um de viver os seus passos, pelos impasses da vida. E quando a gente pensa nisso, nos damos conta que as coisas de maior valor estão ao nosso redor e, com eles, a gente pode tudo. Deixá-los é difícil e podemos não ficar conhecidos no mundo, mas teremos a certeza que eles jamais nos esquecerão.
Por isso não deixe que o mundo dite até quando e como pode-se viver, apenas quem sabe disso é você.
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