sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Contradições.

Ela dizia, ele não entendia. Ele ouvia, ela calava.
Confronto de ações, pensamentos e personalidades que inquietava não só aos mesmos, mas também a quem estivesse presente.

Não sabiam como se entender na inquietude dos sentimentos. Sentiam sim, mais do que tudo. Mas as expressões e atitudes eram indiferentes a tudo aquilo que os invadia interiormente. A palavra não condizia com o afeto. A ação não condizia com o pensamento.
Enquanto pensava "Eu te amo" o que saía era o "Eu te odeio". Como isso pôde acontecer?

Despediram-se ao final, ambos cansados naquela luta incessante, com um aperto de mãos que significa um beijo, uma troca de olhares que significa "Ainda estou aqui" e ao dizerem "Espero nunca mais te ver" estavam dizendo para si mesmos "Ainda te quero aqui".

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