Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não nos contaram que amor não é acionado nem chega com hora marcada.
Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade. Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, nem contaram que ninguém vai contar. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém...
(Texto atribuído a John Lennon)
More than words.
"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro."
quarta-feira, 10 de abril de 2013
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Now Is Good
E a gente acha que tá fazendo tudo no caminho certo que, supostamente, queremos.
Um encontro, uma festa, um cinema, alguns amigos, ser lembrada, querer alguém, dançar por toda a noite, sentir a brisa do inverso e a calmaria do outono, nadar no anoitecer e se aquecer na fogueira, esperando pelo calor do verão e a beleza da primavera. Só tudo isso e mais um pouco.
Respira. Porque é na primavera onde tudo se encaixa, se renova e se vive. Viver é supostamente para ser isso, um ciclo - não círculo - de mudanças que não se sabe qual é o fim. E nem quando ele será. Tudo que sabemos é que deve-se apenas fazer valer à pena, ao seu modo. E é o que tentamos, a cada dia. Deixar nossa marca e o nosso pedacinho no mundo, como se a cada dia pixássemos uma parte do mundo com nossos nomes na tentativa de ninguém nos esquecer, mesmo quando nos formos.
A racionalidade, a culpa de consequências e imposições nos impede de fazer nossas próprias vontades, desejos e sonhos. Nos impede de nadar nus às 23 p.m. em pleno praia deserta, porque no dia seguinte espera-se que estejamos bem dispostos e não doentes para a reunião importantíssima às 7 a.m. Nos impede de gritar do mais alto ponto da ponte, porque definitivamente te chamarão de maluco e inconsequente. Impede cada um de viver os seus passos, pelos impasses da vida. E quando a gente pensa nisso, nos damos conta que as coisas de maior valor estão ao nosso redor e, com eles, a gente pode tudo. Deixá-los é difícil e podemos não ficar conhecidos no mundo, mas teremos a certeza que eles jamais nos esquecerão.
Por isso não deixe que o mundo dite até quando e como pode-se viver, apenas quem sabe disso é você.
...
"Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e de medo, ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uam névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça."
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uam névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira. Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. Enlou-cresça."
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
E assim vai sendo...
"Lá está ela, mais uma vez.
Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá para prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça...
Ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."
CFA.
Não sei, não vou saber, não dá pra entender como ela não se cansa disso. Sabe que tudo acontece como um jogo, se é de azar ou de sorte, não dá para prever. Ou melhor, até se pode prever, mas ela dispensa.
Acredito que essa moça, no fundo, gosta dessas coisas. De se apaixonar, de se jogar num rio onde ela não sabe se consegue nadar. Ela não desiste e leva bóias. E se ela se afogar, se recupera.
Estranho é que ela já apanhou demais da vida. Essa moça tem relacionamentos estranhos, acho que ela está condicionada a ser uma pessoa substituta. E quem não é?
A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça...
Ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes, não. E pra ela? Por quem ela espera?
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente.
Não por ser forte, e sim pelo contrário... por saber que é fraca o bastante para não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros, vieram ao mundo."
CFA.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Pouco muito, pouco tudo.
É muita contradição para pouco entendimento.
É muito pensamento para pouca ação.
É muito erro para pouco aprendizado.
É muita festa para pouca diversão.
É muito amor para pouco tempo.
É pouco tudo para muito nada.
É muito pensamento para pouca ação.
É muito erro para pouco aprendizado.
É muita festa para pouca diversão.
É muito amor para pouco tempo.
É pouco tudo para muito nada.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Por mais que a gente tente...
"Há segundas chances que só servem para te provar que certas pessoas não mudam."
terça-feira, 21 de agosto de 2012
20 e poucos anos.
" Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Dá-se conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a), etc. E cada vez mais desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são tão divertidas... às vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu, e que o pessoal com quem perdeu contato são, de repente, os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amo tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, à noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém suficientemente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há alguns anos e alguns começam a se casar, e isso assusta!
Talvez você também realmente ame alguém, mas simplesmente não tem certeza se está preparado para se comprometer para o resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parece baratos e sempre ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer realmente estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opinições se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas à sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras... apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais, e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro... E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos "vinte e tantos" e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça... mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos.
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16...
Então amanhã teremos 30?! Assim tão rápido?!? "
Assinar:
Postagens (Atom)